Muitas vezes você deve se sentir desgastado em ter que gerenciar o tratamento de efluentes da sua empresa, e talvez você não entenda muito bem como isso pode te beneficiar. Se você quer descobrir vantagens do tratamento de efluentes, está no lugar certo!
Tratamento de efluentes: como funciona e quais os benefícios
Efluentes são resíduos, líquidos ou gasosos, gerados pelas ações humanas e descartados no meio ambiente. Caso sejam liberados sem o tratamento adequado, podem causar sérios danos ao ecossistema.
Os efluentes industriais mais comuns são os líquidos, e estes frequentemente representam riscos ao meio ambiente, como a possibilidade de poluição da água. Isso ocorre por esses efluentes serem resultado de processos que podem envolver agentes poluentes como, por exemplo, compostos químicos tóxicos.
Porque eu devo tratar os efluentes da produção?
O objetivo geral do tratamento de efluentes líquidos é produzir água limpa, produto que pode ser reutilizado nos processos industriais trazendo um bom custo benefício a longo prazo e a diminuição no custo de adquirir água potável. Além disso, o tratamento produz resíduos sólidos, também chamados de lodo, que podem ser utilizados como matéria-prima em outros processos.
Por outro lado, o não tratamento de água contaminada implica na poluição dos corpos hídricos onde esta será despejada, tornando a água daquele local imprópria para posterior consumo e utilização pela população.
Por este motivo, são estabelecidos critérios para o lançamento de resíduos no sistema coletor público de esgoto por órgãos públicos em âmbito municipal, estadual e nacional. Por exemplo, o decreto Nº 8.468/76 da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) estabelece, no artigo 18º, alguns parâmetros que devem ser obedecidos quanto ao lançamento de efluentes em recursos hídricos no estado de São Paulo, incluindo especificações de pH, temperatura, concentração de substâncias, entre outros.
No estado do Rio Grande do Sul, é disponibilizada pela FEPAM (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) uma diretriz técnica contendo orientações para o descarte adequado de efluentes líquidos e até mesmo para o seu reúso no processo produtivo.
Já em âmbito nacional, o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) se configura como órgão ambiental responsável pela legislação e por decretos de padronização para descarte. Ele estabelece, por exemplo, na resolução Nº 430/2011, as condições e padrões de lançamento de efluentes, determinando concentrações máximas de compostos como cromo, estanho, clorofórmio, tolueno, entre outros.
Em caso de descumprimento dessas exigências, constituindo poluição ambiental direta ou indireta, podem ser aplicadas autuações ou multas severas, que podem chegar até milhões de reais. Assim, torna-se vantajoso para a sua empresa o investimento no tratamento dos efluentes da produção, visto que este evita gastos despropositados.
Além disso, com a realização do descarte inadequado de efluentes líquidos, surge a possibilidade de suspensão da produção ou até mesmo perda da empresa e prisão dos responsáveis. Também pode ocorrer a suspensão de financiamentos das instituições bancárias à sua empresa, visto que essa verba apenas é liberada para empreendimentos que estejam com a licença ambiental de acordo.
Outra vantagem é o recurso de vantagem mercadológica que você também pode aplicar, o Marketing Verde. Essa estratégia consiste em atrair clientes divulgando a adequação da sua empresa às normas ambientais, assim demonstrando preocupação com a natureza e apresentando o esforço que você está depositando para reduzir os impactos ambientais da produção industrial.
Mas claro que, para que essa estratégia seja efetiva, não adianta somente fingir a sustentabilidade. É preciso que, de fato, você se comprometa com este objetivo na sua empresa.
Apesar do custo que há no tratamento de efluentes, se houver um planejamento adequado da operação e a utilização de técnicas modernas, as despesas são otimizadas e a implementação do processo pode, até mesmo, gerar um retorno financeiro quando estiver finalizada.
Como é feito o tratamento?
Existe uma grande variedade de fontes emissoras de resíduos gasosos e líquidos. Desta forma, é necessário compreender qual a melhor abordagem para o tratamento, respeitando as especificidades de cada processo.
Para isso, em um primeiro momento, são feitas análises da linha produtiva, desde a matéria prima e passando por todos os procedimentos operacionais da produção, atentando a possíveis contaminantes.
Nessa etapa também devem ser feitas, com auxílio de um especialista, a avaliação e a coleta de amostras de efluentes para análise laboratorial, que servirá para quantificar e identificar substâncias de interesse como detergentes, metais pesados, solventes orgânicos, entre outros compostos que tornam o efluente impróprio para descarte.
Com estes dados, têm-se caracterizada a carga orgânica e a carga tóxica desses efluentes. Somente após essa etapa, é possível o planejamento adequado do processo que será usado para o tratamento.
É feita então a definição de indicadores para nortear o planejamento das Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs). Em geral, uma ETE é o local onde é promovida uma série de processos físicos, químicos e biológicos para eliminar os contaminantes do despejo, de forma a fazer com que o resíduo esteja dentro dos padrões mínimos determinados por lei para retornar ao ambiente.
Percebe-se então que podem ser muitas as vantagens da implementação de um processo de tratamento de efluentes na sua empresa: desde regularização com a legislação vigente, para evitar gastos desnecessários, como multas, até a reutilização do efluente tratado no processo produtivo, ajudando a diminuir o custo do processo da sua indústria. Não tem motivo para não investir nesse tratamento, não é mesmo?
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