Como é feito o tratamento de efluentes industriais?
A preocupação com o meio ambiente está sendo cada vez mais priorizada nas indústrias, que buscam diminuir os seus impactos ambientais. Assim, a forma como é feito o descarte dos efluentes industriais merece a atenção das empresas. Veja abaixo tudo sobre o tratamento de efluentes industriais.
O que são efluentes industriais?
De acordo com a Norma Brasileira — NBR 9800/1987, efluente líquido industrial é o despejo líquido proveniente do estabelecimento industrial, compreendendo emanações de processo industrial, águas de refrigeração poluídas, águas pluviais poluídas e esgoto doméstico.
As características físicas, químicas e biológicas do efluente industrial são variáveis com o tipo de indústria, com o período de operação, com a matéria-prima utilizada, etc.
Entre as determinações mais comuns para caracterizar a massa líquida estão as determinações físicas (temperatura, cor, turbidez, sólidos etc.), as químicas (pH, alcalinidade, teor de matéria orgânica, metais etc.) e as biológicas (bactérias, protozoários, vírus etc.).
O que é o tratamento de efluentes industriais?
Os efluentes industriais são os resíduos líquidos que são gerados durante o processo industrial e depois descartados. Estes resíduos são caracterizados pela concentração de elementos químicos e contaminantes, que variam de acordo com o segmento da indústria. A falta de tratamento destes resíduos ou até mesmo a ineficiência deste pode causar muitos prejuízos para o meio ambiente, causando poluição e contaminação do solo e da água, o que também se torna prejudicial para a população.
É de responsabilidade da empresa que gera o resíduo o seu armazenamento, transporte e descarte correto. A legislação brasileira é muito rigorosa com as indústrias quanto à responsabilidade ambiental e tratamento de seus efluentes. O CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), é o órgão responsável por regularizar os processos realizados pelas empresas que possam causar danos ao meio ambiente, sendo que o despejo de efluentes deve estar de acordo com a resolução nº 430/2011. O não cumprimento das resoluções vigentes pode ser considerado crime ambiental, acarretando severas punições para a empresa.
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Os processos de tratamento
Existem diversas formas de tratar os efluentes industriais, sendo que os processos de tratamento são divididos em três: físicos, químicos e biológicos.
- Físicos: Esses processos removem os sólidos em suspensão sedimentáveis e flutuantes através de separações físicas. São utilizados métodos como decantação, gradação, peneiração, filtração, entre outros. Também existem procedimentos específicos como aplicação de radiação e luz ultravioleta para a destruição das partículas contaminantes.
- Químicos: Esses processos removem os compostos tóxicos por reações químicas, os principais processos utilizados são clarificação, eletrocoagulação, precipitação, cloração, oxidação, redução e troca iônica. São utilizados diversos produtos químicos como agentes de coagulação e floculação, neutralização de pH e oxidação.
- Biológicos: Esses processos removem a matéria orgânica dissolvida, flutuante ou em suspensão no efluente transformando-a em material flutuante, sedimentado ou em gases. O tratamento biológico pode ser feitos a partir de processos aeróbios, com a presença de oxigênio, ou anaeróbios, sem a presença de oxigênio. Os processos aeróbios são feitos a partir de lodos ativados ou lagoas aeradas e os anaeróbios em lagoas anaeróbias e biodigestores. Também existem os processos facultativos, que são realizados a partir de biofilmes e filtros biológicos ou algumas lagoas.
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Como determinar o tratamento adequado para o efluentes gerado na minha indústria?
O tratamento adequado a cada tipo de efluente deverá ser indicado por um responsável técnico especializado após a realização de coleta de amostras do material para seu diagnóstico.
A partir do diagnóstico é possível realizar a determinação das cargas de poluição/contaminação, fundamentais para definir o tipo de tratamento, avaliar o enquadramento na legislação ambiental e estimar a capacidade de autodepuração do corpo receptor.
Após determinar a situação dos efluentes, dá-se início às etapas de tratamento, sendo que a quantidade de etapas necessárias dependerá de cada efluente.
A concepção das estações de tratamento e as tecnologias empregadas no processo devem ser realizadas com muita base técnica de conhecimento, para que o investimento não seja em vão. Não é raro encontrar estações de tratamento inoperantes ou ineficientes, pela falta de profissionalismo e falta de conhecimento técnico de quem as dimensionou ou implantou.
O processo de tratamento de efluentes é muito importante para as indústrias e deve ser de maior prioridade das empresas. A CATALISA tem uma vasta experiência neste tipo de serviço, atuando desde o diagnóstico da estação de tratamento até a proposição de ajustes e melhorias necessárias. Quer tratar o efluente da sua empresa com a melhor eficiência e custo benefício? Entre em contato conosco!